A agricultura familiar desempenha um papel fundamental no contexto social. Este é um dos pilares da economia e da sustentabilidade em muitos países ao redor do mundo. Geralmente, é caracterizada por propriedades de pequeno e médio porte, com produção diversificada e mão de obra toda familiar. Esse tipo da agricultura tem impactos significativos na vida das pessoas e nas comunidades em que está inserida.
No Brasil, a agricultura familiar é uma importante realidade que desempenha um papel significativo no desenvolvimento do país. Além disso, a agricultura familiar exerce um papel importante na geração de renda e emprego, especialmente nas áreas rurais. Estima-se que a agricultura familiar seja responsável por cerca de 74% dos empregos no campo, segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

A agricultura familiar brasileira é responsável por uma parcela significativa da produção de alimentos consumidos internamente. Ela fornece uma variedade de produtos essenciais para a segurança alimentar da população. Segundo dados do último Censo Agropecuário, realizado em 2017 pelo IBGE. As unidades de produção familiar respondem por cerca de 84% dos estabelecimentos rurais do país.
A agricultura familiar na perspectiva do contexto social
Podemos observar uma série de aspectos positivos que a tornam essencial para o desenvolvimento sustentável. Em primeiro lugar, a agricultura familiar contribui para a segurança alimentar. Sobretudo, a produção diversificada de alimentos permite a oferta de uma variedade de produtos frescos e saudáveis. Que atendem às necessidades nutricionais da família e das comunidades locais.
Além disso, a produção agrícola familiar é muitas vezes voltada para o mercado local. Que fortalece a economia regional e reduzindo a dependência de importações. Além de, promover a inclusão social e a redução da desigualdade social.

Ao ser baseada no trabalho familiar, essa forma de agricultura proporciona emprego e renda para os membros das famílias rurais. Especialmente para mulheres e jovens que muitas vezes enfrentam dificuldades de acesso ao mercado de trabalho. A agricultura familiar também contribui para a fixação da população no campo.
Sustentabilidade na agricultura familiar
Quando as famílias adotam práticas agrícolas mais sustentáveis, elas contribuem para a conservação dos recursos naturais. Além da proteção dos ecossistemas e a mitigação das mudanças climáticas. E essa postura sustentável também pode influenciar positivamente outras áreas da sociedade. Inspirando a adoção de práticas mais responsáveis em setores relacionados, como a indústria alimentícia.
No Brasil é o seu potencial para a preservação ambiental e a adoção de práticas sustentáveis. Muitos agricultores familiares optam por técnicas agroecológicas, como o manejo integrado de pragas e doenças. E também, o cultivo orgânico e a conservação do solo. Isso contribuem para a proteção dos recursos naturais e a redução do impacto ambiental. Essa abordagem alinhada à preservação do meio ambiente é fundamental para a sustentabilidade e para a promoção da biodiversidade.

Os desafios da agricultura familiar
Embora a agricultura familiar enfrente desafios significativos, como acesso a crédito, assistência técnica e infraestrutura adequada. Acima de tudo, é essencial reconhecer e valorizar sua importância para o contexto social. A implantação de políticas públicas voltadas para o fortalecimento da agricultura familiar, como incentivos fiscais, programas de capacitação e apoio à comercialização, são essenciais para garantir a continuidade e o crescimento desse setor.
Os desafios para o desenvolvimento no Brasil
Existem muitos avanços e contribuições da agricultura familiar, mesmo assim esse setor enfrenta desafios significativos. A falta de acesso a crédito, a escassez de assistência técnica qualificada e a carência de infraestrutura adequada são alguns dos obstáculos. Além disso, questões como a sucessão familiar e a valorização do trabalho no campo também são importantes para garantir a continuidade das propriedades e a qualidade de vida das famílias rurais.

O governo brasileiro tem implementado políticas públicas e programas de apoio à agricultura familiar. O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), por exemplo, oferece linhas de crédito especiais, assistência técnica e capacitação aos agricultores familiares. Além disso, programas de compras governamentais, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), promovem a inserção dos produtos da agricultura familiar no mercado, garantindo a comercialização dos alimentos produzidos.
Produtos mais produzidos na agricultura familiar brasileira

Na agricultura familiar do Brasil, existem várias áreas de produção que são comumente encontradas. Essas áreas podem variar de acordo com a região, clima e características locais. A seguir, apresento algumas das áreas mais comuns na agricultura familiar do Brasil:
Produção de grãos
- Milho: O milho é um dos grãos mais cultivados pela agricultura familiar no Brasil. Ele é utilizado para alimentação humana, na forma de milho verde, fubá, pipoca, entre outros, além de ser um importante componente da alimentação animal.
- Feijão: O feijão é outro grão amplamente cultivado pela agricultura familiar. Existem diferentes variedades de feijão cultivadas, como o feijão-carioca, feijão-preto, feijão-fradinho, entre outros. É um alimento básico na dieta brasileira e também é comercializado.
- Arroz: O arroz é um dos principais grãos produzidos na agricultura familiar. Ele é cultivado em áreas de várzeas e irrigadas e é consumido em todo o país. O arroz também é exportado para outros países.
- Soja: Embora a produção de soja seja mais associada a grandes propriedades agrícolas, também é cultivada por alguns agricultores familiares. A soja é um grão importante na produção de óleos, proteínas vegetais e rações para animais.

- Trigo: O cultivo de trigo é menos comum na agricultura familiar brasileira, principalmente devido às condições climáticas favoráveis ao cultivo em algumas regiões do país. No entanto, em algumas áreas mais frias do Sul do Brasil, agricultores familiares cultivam trigo para consumo próprio e para comercialização.
Horticultura e Fruticultura
Na agricultura familiar do Brasil, uma variedade de hortaliças e frutas são produzidas em diferentes regiões do país. Os agricultores familiares cultivam uma diversidade de produtos para consumo próprio e também para a comercialização em feiras e mercados.
Horticultura

Os agricultores familiares no Brasil cultivam uma variedade de hortaliças, por exemplo: tomate, alface, cenoura, cebola, batata, beterraba, repolho, abóbora, pimentão, couve, quiabo, chuchu, abobrinha, brócolis, espinafre.
Esses produtos geralmente são destinados ao mercado local, abastecendo feiras, mercados e até mesmo programas governamentais de alimentação escolar.
Fruticultura

Exemplos de frutas mais produzidas na agricultura familiar: Banana, laranja, maçã, uva, manga, abacaxi, maracujá, melancia, melão, mamão, morango, limão, goiaba, açaí, caju.
Essas são apenas algumas das hortaliças e frutas mais produzidas na agricultura familiar brasileira. Vale ressaltar que a variedade de produtos cultivados pode variar de acordo com as características climáticas e de solo de cada região, bem como as preferências e demandas dos agricultores familiares e consumidores locais.
Criadouros de animais
A criação de animais para a produção de carne e leite é uma atividade tradicional na agricultura familiar brasileira. Os agricultores familiares criam bovinos, suínos, ovinos e caprinos, obtendo carne, leite e seus derivados para consumo próprio e venda.

A avicultura, que envolve a criação de aves, como galinhas, para produção de carne e ovos, é uma atividade presente em muitas propriedades familiares. Além disso, a apicultura, que se refere à criação de abelhas e produção de mel, também é comum na agricultura familiar.
Essas são apenas algumas das áreas mais comuns na agricultura familiar do Brasil. É importante ressaltar que a diversidade de cultivos e atividades agrícolas pode variar significativamente. Desde as características de cada região, até as preferências e conhecimentos dos agricultores familiares.
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