Se você procura uma forma de investimento mais simples e segura, é hora de se familiarizar com os diversos tipos de fundos disponíveis no mercado. Os fundos oferecem uma maneira fácil de diversificar seu portfólio de investimentos, já que um gestor profissional é responsável por gerenciar as aplicações.
No entanto, investir com sabedoria requer mais do que isso. Antes de decidir investir, é importante conhecer as vantagens e desvantagens dos fundos para determinar se são uma escolha adequada para seus objetivos financeiros.
Existem vários tipos de fundos de investimento, cada um com suas próprias características e estratégias. Um dos mais comuns é o fundo de ações, que investe em ações de empresas listadas na bolsa de valores nacional e internacional (limitado a 20% dos recursos).
Pelo menos 67% do patrimônio do fundo deve ser destinado à compra de ações ou títulos semelhantes, enquanto o restante pode ser aplicado em títulos do Tesouro Direto, CDBs, LCIs, LCAs e outros investimentos de renda fixa.
Fundos multimercados de investimentos
Os recursos dos fundos multimercados são distribuídos em diversas categorias de investimento, permitindo maior autonomia aos gestores, que podem alocar o dinheiro em várias áreas, tais como renda fixa, ações, DI, entre outros. É permitido investir até 20% do valor total dos ativos financeiros no exterior, o que é altamente benéfico para ampliar a diversificação dos lucros.
Adicionalmente, há a vantagem de poder utilizar derivativos para realizar hedge e proteger o capital inicial investido, garantindo a segurança em alguns casos.
Os fundos multimercado não contam com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), portanto, é crucial verificar a reputação da instituição financeira que administra o fundo. Além disso, esses fundos possuem um nível de risco mais elevado, já que podem alocar recursos em ativos mais arriscados.
Para fundos multimercado de ações, há a cobrança de imposto de renda mesmo para investimentos inferiores a R$20.000, enquanto que para investimentos diretos em ações, esse valor é isento de tributação.
CDB
Similarmente aos investimentos em renda fixa, o Certificado de Depósito Bancário (CDB) é uma opção de investimento que possui um risco moderado para o investidor. O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) também assegura os recursos do investidor em caso de falência do banco, até o limite de R$ 250 mil.
Somente os bancos têm permissão para comercializar esse tipo de investimento e utilizam os recursos dos investidores para conceder empréstimos a outros clientes. Os rendimentos são baseados na taxa CDI. Geralmente, bancos menores oferecem juros mais atrativos, porém, o prazo de vencimento pode ser mais longo do que os investimentos de renda fixa, podendo chegar a 2 anos.
Benefícios dos investimentos
Bancos menores geralmente pagam juros acima de 100% do CDI e, no caso de falência, o FGC garante o capital investido.
Desvantagens
O prazo de vencimento pode ser longo, dependendo do plano escolhido pelo investidor, tornando inviável investimentos de curto prazo em CDB.
Títulos públicos
O Tesouro Nacional é o órgão responsável por emitir e negociar os títulos públicos federais no Brasil. Para investir no Tesouro Direto, o investidor precisa abrir uma conta em uma corretora, e os custos operacionais são bastante acessíveis, com valores mínimos de investimento a partir de R$ 30.
Existem três tipos de títulos disponíveis no Tesouro Direto: títulos prefixados, títulos pós-fixados pela taxa básica de juros (SELIC) e títulos pós-fixados pela inflação oficial (IPCA). Para diversificar o investimento, é recomendado dividir o valor em títulos prefixados e pós-fixados.
Essa estratégia permite ao investidor mitigar os riscos, já que em caso de alta inflação, por exemplo, ele poderá ter ganhos com os títulos indexados ao IPCA, mesmo que sofra prejuízos com os títulos prefixados. No geral, investir no Tesouro Direto é seguro e rentável, com baixo risco de perda de capital.
Vantagens dos investimentos
A rentabilidade acompanha os índices oficiais, garantindo a rentabilidade do investimento. A facilidade de resgate dos títulos é outra vantagem, já que o Governo Federal recompra os títulos a qualquer momento. O risco de perda de capital é baixo, já que o investimento só fica ameaçado em caso de quebra do Governo Federal.
Desvantagens
Os títulos podem ter prazos de vigência que vão de 2 a 45 anos, e o resgate antecipado pode resultar em perdas para o investidor. Portanto, é importante ter um planejamento de longo prazo e investir em títulos que atendam às suas necessidades e objetivos.
Fundo de renda fixa e seus subtipos
Dentre os diferentes tipos de fundos de investimento em renda fixa, podemos encontrar produtos como CDB, Tesouro Direto, LCI, LCA, Letra de Câmbio, Debêntures, recebíveis, entre outros. Em geral, esses fundos devem alocar pelo menos 80% do seu patrimônio em títulos desse tipo.
Existem quatro categorias principais de fundos de renda fixa: os simples, que investem no mínimo 95% em renda fixa; os referenciados, que acompanham um índice de referência, como o CDI ou a Selic; os de curto prazo, que possuem prazo médio de vencimento de até 375 dias; e os de dívida externa, que investem ao menos 80% do patrimônio em títulos de dívida estrangeiros.
É importante destacar que esses fundos têm uma rentabilidade mais previsível e costumam oferecer opções de investimento inicial acessíveis. Por essa razão, eles são recomendados para investidores que buscam exposição a riscos mais baixos.
Ações ou fundos de ações de investimentos
Investir em ações ou fundos de ações implica em maior risco do que outros tipos de investimento, mas também pode trazer maiores rendimentos. Tanto ações quanto fundos de ações investem em empresas de capital aberto.
No caso das ações, o investimento é feito diretamente na empresa, com o retorno vindo dos juros sobre o capital próprio e dividendos, de acordo com o estatuto da empresa. Já nos fundos de ações, o investimento é dividido entre várias empresas, o que proporciona maior diversificação e diminui o risco de perda caso uma empresa tenha um mau desempenho.
Os fundos de ações têm uma taxa de administração maior que as ações, mas oferecem uma opção para aqueles que não possuem muita experiência no mercado de capitais e querem investir em uma diversidade de empresas com uma quantia menor de recursos.
Normalmente, os investimentos em ações ou fundos de ações são bons a longo prazo, gerando maiores retornos para os investidores. No entanto, é necessário um prazo superior a 5 anos para realizar investimentos neste tipo de mercado, para minimizar possíveis perdas.
As vantagens incluem maiores possibilidades de ganhos, rentabilidade diária e a possibilidade de acompanhar os preços das ações em tempo real, além de taxas de administração atrativas para valores mais elevados. As desvantagens incluem o risco de perda de capital, a necessidade de estudar profundamente as empresas a serem investidas e a falta de garantia de retorno futuro, mesmo com um bom histórico no passado.
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