Na segunda-feira (27), ocorreu um ataque à faca em uma escola estadual em São Paulo, que resultou na morte de uma professora de 71 anos. Este é pelo menos o 16º caso de ataques em escolas brasileiras nos últimos 20 anos. Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Sou da Paz em novembro de 2022, desde 2003 foram registrados 11 incidentes envolvendo armas de fogo em escolas no Brasil.

Confira 08 ataques em escolas que marcaram épocas pela tragédia

Creche Fabeltjesland 

Em janeiro de 2009, um indivíduo de 20 anos chamado Kim De Gelder adentrou um berçário na cidade de Dendermonde, localizada na Bélgica, portando uma arma e com cabelos pintados de vermelho, além de uma maquiagem semelhante à do personagem Coringa. Ele então esfaqueou 15 pessoas presentes no local, resultando em três mortes, sendo duas delas bebês com menos de um ano de idade, enquanto a terceira vítima era uma mulher de 54 anos que trabalhava no berçário.

Escola Ikeda

No ano de 2001, ocorreu um incidente no qual um homem de 37 anos chamado Mamoru Takuma, que já havia trabalhado como zelador em uma escola, invadiu o estabelecimento portando uma faca. Ele feriu 15 pessoas presentes no local, resultando em oito mortes, todas as vítimas eram crianças com idades entre 7 e 8 anos. Após sua prisão, Takuma apresentou instabilidade mental, comportamento suicida e chegou a afirmar que teria preferido utilizar gasolina para matar mais pessoas. Em 2004, ele foi executado.

École Polytechnique

No final dos anos 80, a Escola de Engenharia da Universidade de Montreal foi palco do pior massacre de estudantes registrado no Canadá. A tragédia foi causada por Marc Lepine, um homem de 25 anos que expressava ódio por feministas.

Segundo relatos do crime, ele entrou em uma sala da faculdade portando um rifle semiautomático e uma faca de caça, ameaçando um grupo de estudantes de engenharia mecânica. Após expulsar os homens, Lepine ordenou que as nove mulheres da turma se alinhassem e proferiu as seguintes palavras: “Estou lutando contra o feminismo. Vocês são mulheres, vocês serão engenheiras. Vocês são um bando de feministas”. 

Em seguida, ele abriu fogo, atingindo as nove mulheres presentes na sala de aula e ferindo outras 18 no corredor da faculdade. O incidente resultou em 13 mortes. Após cerca de 20 minutos de terror, Lepine tirou a própria vida. O crime foi notável por sua motivação misógina.

Massacre de Erfurt 

Em 2002, ocorreu um dos ataques armados a escola que mais chocou a população alemã, resultando em 17 mortes e sete feridos. O responsável pelo ataque foi Robert Steinhäuser, um ex-aluno que havia sido expulso da Escola Gutenberg um ano antes por falsificar documentos. 

Na época do crime, ele tinha 19 anos e entrou na escola vestindo roupas de ninja, uma máscara e portando duas armas, disparando contra diversos professores que encontrou pelo caminho. Sua ação só cessou quando um dos professores o confrontou e o encurralou em uma sala de aula, onde Robert tirou a própria vida.

Ataques em escolas: conheça 8 ataques em escolas que ficaram gravados na história
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Ataques em escolas: Escola Sandy Hook 

O episódio que ficou conhecido como massacre de Sandy Hook, no qual um homem armado com um rifle matou 26 pessoas na escola de mesmo nome, é considerado o mais letal já registrado em escolas até o momento. O atirador, um homem de 20 anos, invadiu a escola depois de ter atirado contra membros de sua própria família em casa. Ele matou 20 alunos e 6 funcionários da escola antes de cometer suicídio.

Universidade Virginia Tech 

O ataque ocorrido na Universidade Virginia Tech em 2007 é considerado o mais letal da história em escolas. O estudante Cho Seung-hui apresentava sinais de instabilidade emocional e havia perseguido duas colegas da faculdade, recebendo uma advertência meses antes. No entanto, nada se comparou ao que ele fez no dia 16 de abril. 

Cho Seung-hui assassinou dois estudantes no dormitório da universidade e, em seguida, gravou um vídeo confessando o crime em seu quarto. Cerca de 20 minutos depois, trancou todas as portas de um prédio de aulas e disparou contra todos que encontrou pelo caminho. O ataque resultou na morte de 32 pessoas.

Massacre de Realengo: um dos piores ataques em escolas do Brasil

O massacre ocorrido na Escola Municipal Tasso da Silveira, na periferia do Rio de Janeiro, ficou conhecido como um dos casos mais emblemáticos de violência escolar no Brasil e trouxe à tona a luta contra o bullying. 

Wellington Menezes de Oliveira, um jovem com problemas psicológicos e poucos amigos, entrou na escola se identificando como um palestrante e disparou mais de 100 tiros contra alunos em uma sala de aula, com a intenção de imobilizar os meninos e matar as meninas. 

Doze adolescentes morreram e várias outras ficaram feridas. Um policial que patrulhava a região foi avisado por um dos estudantes feridos e conseguiu alcançar Wellington, que acabou se matando. A mídia divulgou fotografias e cartas deixadas por Wellington, expondo a motivação do ataque, que foi atribuída aos maus tratos sofridos pelo agressor por parte de colegas da escola.

Columbine

Em um dos casos mais famosos de ataques a escolas, Eric Harris e Dylan Klebold mataram 13 pessoas no Instituto Columbine, nos Estados Unidos. Armados, eles entraram na escola onde estudavam e abriram fogo contra outros alunos. No final do ataque, os dois se suicidaram. 

O crime teve repercussão internacional e foi citado em depoimentos de outros adolescentes que cometeram atos semelhantes em escolas, incluindo alguns mencionados nesta lista.

No Brasil, infelizmente, situações como essas não são mais novidade e exigem que as autoridades de segurança criem uma cultura de prevenção e alerta em casos de atiradores ativos. É fundamental a formação de uma cultura de ação e treinamento para que as pessoas possam se precaver contra possíveis ataques em escolas. 

A elaboração de um plano de segurança, que os próprios funcionários da escola possam colocar em prática, seria de grande valia, seja para uma evacuação segura ou até mesmo para o confronto da ameaça.
Por fim, leia mais também sobre: 59 anos da Ditadura Militar no Brasil: veja como estudar o

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