O divórcio é um assunto importante e complexo que afeta muitas pessoas em todo o mundo. É uma prática de antiga, embora suas formas e aceitação tenham variado ao longo da história e de acordo com as diferentes culturas.
As fases do divórcio na história
Começando pela Grécia Antiga, o divórcio era permitido e tanto homens quanto mulheres podiam solicitar a dissolução do casamento. Assim como foi no Império Romano, embora fosse mais comum para os homens se divorciarem do que para as mulheres.

Porém, no período da Idade Média, a Igreja Católica teve um papel significativo no controle do casamento e do divórcio. O divórcio era desencorajado e considerado pecaminoso. Com a Reforma Protestante, no século XVI, as visões religiosas sobre o divórcio começaram a se diversificar. E em certas circunstâncias, o divórcio poderia ser realizado.
A partir dos séculos XIX e XX o divórcio gradualmente se tornou mais aceito em muitos países ocidentais. Foram elaboradas leis, que foram promulgadas para permitir a dissolução do casamento em diferentes circunstâncias.
No Brasil, durante o período colonial, o regime adotado era das leis portuguesas que proibiam o divórcio. O casamento era considerado indissolúvel. Em 1916, o Código Civil influenciado pelo direito canônico, passou a permitir a separação de corpos. No entanto, não era permitido o divórcio para não dissolver o vínculo matrimonial.
Apenas em 1977, foi promulgada a Lei do Divórcio no Brasil, permitindo a dissolução do casamento civil. Essa lei foi um marco importante na história do divórcio no país. Proporcionou maior liberdade para as pessoas encerrarem seus casamentos. E desde então, as leis de divórcio no Brasil têm evoluído para facilitar o processo de separação e atender às demandas das partes envolvidas.

É importante observar que as leis e as atitudes em relação ao divórcio podem variar de país para país. E reflete diferentes contextos culturais, religiosos e legais. As necessidades sociais também tem sido fator muito relacionado com os casamentos e uniões nestas ultimas décadas. Assim como, em alguns períodos no passado, é possível perceber a importância maior em princípios e valores familiares.
A influência da sociedade no Divórcio
Várias influências externas podem contribuir para o aumento das separações, tanto de casais formais que assumiram a união por meio da lei, quanto para as uniões informais, aquelas que hoje, são chamadas de união estável.
- Mudanças culturais e sociais: Ao longo das últimas décadas, houve uma mudança significativa nas normas culturais e sociais em relação ao casamento e ao divórcio. A ênfase na independência, individualidade e autor realização pode levar as pessoas a buscar a felicidade pessoal acima da manutenção de um casamento insatisfatório.

- Expectativas românticas: A influência das expectativas românticas também pode desempenhar um papel importante. Muitas pessoas têm uma visão idealizada do casamento, baseada em narrativas românticas, e quando a realidade não atende a essas expectativas, elas podem optar por se divorciar.
- Mudanças de papéis de gênero: As mudanças nos papéis de gênero e nas expectativas em relação aos relacionamentos também podem afetar a duração do casamento. À medida que mais mulheres entram no mercado de trabalho e buscam igualdade de gênero, os padrões tradicionais de casamento podem ser desafiados, levando a um maior número de divórcios.
- Pressão financeira: As questões financeiras também podem ser um fator importante no término de um casamento. Problemas relacionados ao dinheiro, como dívidas, falta de estabilidade financeira ou disparidades nos ganhos, podem criar tensões significativas que afetam o relacionamento.

Comunicação e conflitos
A falta de habilidades de comunicação e resolução de conflitos pode levar a problemas no casamento. Quando os casais não conseguem se comunicar efetivamente ou resolver seus conflitos de forma saudável, isso pode levar a um desgaste gradual do relacionamento.
- Estresse e pressões externas: O estresse proveniente de diferentes fontes, como trabalho, família, problemas de saúde ou outras responsabilidades, pode colocar pressão adicional sobre um casamento, dificultando a manutenção da relação.
É importante ressaltar que cada casamento é único e que esses fatores podem afetar diferentes casais de maneiras diferentes. Existem muitos casamentos felizes e duradouros, mas também é crucial reconhecer que o divórcio pode ser uma escolha válida em certas circunstâncias, proporcionando às pessoas a oportunidade de buscar uma vida mais satisfatória e saudável.
Como ficam os filhos?

O divórcio é uma experiência significativa na vida de uma família e tem um impacto sobre os filhos. No entanto, é importante ressaltar que os efeitos do divórcio variam de uma criança para outra. Além de, uma variedade de outros fatores, como a idade da criança, a personalidade dela, o nível de conflito entre os pais e o suporte emocional disponível.
É comum as crianças passarem por uma variedade de emoções durante o início do processo de separação. Que podem ir da tristeza, raiva, ansiedade, confusão e até o alívio. Essas reações podem ser temporárias ou duradouras, dependendo da adaptação da criança à nova situação.
Em alguns casos, o divórcio pode afetar o desempenho acadêmico das crianças. Elas podem ter dificuldade em se concentrar na escola devido ao estresse emocional relacionado ao divórcio. O divórcio pode influenciar os relacionamentos sociais das crianças. Elas podem ter dificuldade em estabelecer e manter amizades, ou podem apresentar comportamentos agressivos ou de retirada.

O divórcio dos pais pode afetar o bem-estar emocional das crianças a curto e longo prazo. Alguns estudos sugerem que as crianças de pais divorciados têm maior probabilidade de desenvolver problemas de saúde mental, como depressão e ansiedade.
É importante observar o comportamento dos pequenos
É importante ressaltar que nem todas as crianças enfrentam dificuldades significativas após o divórcio dos pais. Muitas crianças se adaptam bem e continuam a ter um desenvolvimento saudável. Além disso, o apoio adequado dos pais, a comunicação aberta e o estabelecimento de uma rotina estável podem ajudar a mitigar os possíveis efeitos negativos do divórcio.

Cada situação é única, e é sempre recomendável buscar apoio profissional, como terapeutas familiares ou psicólogos, para auxiliar a família e as crianças a lidarem com o processo de divórcio de forma saudável.
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