O câncer de estômago ou câncer gástrico, é uma doença em que as células malignas se formam no revestimento do estômago.
Existem algumas medidas que podem ser adotadas para ajudar a prevenir o câncer de estômago. Embora nem todas as estratégias possam garantir a prevenção completa da doença, elas podem reduzir o risco.
Somente um profissional de saúde pode realizar exames e testes para confirmar ou descartar a presença de câncer de estômago.

Como age o câncer de estômago?
O câncer de estômago pode se desenvolver ao longo de muitos anos. Por tanto ele pode passar por estágios pré-cancerosos antes de se tornar maligno. Durante esse período, ele pode não apresentar sintomas ou causar sintomas vagos, dificultando o diagnóstico precoce.
Após a contaminação do estômago ele pode se espalhar para os tecidos próximos e para os órgãos vizinhos. Também pode se disseminar para os gânglios linfáticos próximos e, em estágios avançados, para órgãos distantes, como pulmões, ossos e outros.
As causas exatas do câncer de estômago não são totalmente compreendidas. Porém, existem vários fatores de risco associados a essa doença, incluindo infecção por bactéria.
A bactéria Helicobacter pylori, é transmitida principalmente através do contato com água ou alimentos contaminados. Além de, transmissão de pessoa para pessoa por meio de contato direto com saliva, vômito ou fezes infectadas.

Outras possibilidades é uma dieta rica em alimentos defumados, em conserva ou salgados, história familiar de câncer de estômago, tabagismo, obesidade e certos distúrbios genéticos.
Sintomas
O câncer de estômago pode apresentar uma variedade de sintomas. No entanto, é importante notar que esses sintomas também podem estar relacionados a outras condições de saúde. Os sintomas do câncer de estômago podem variar de acordo com o estágio da doença e incluem:

- Desconforto abdominal: Dor ou desconforto na região abdominal, que pode ser persistente ou intermitente.
- Sensação de plenitude após comer uma pequena quantidade de comida: Sentir-se cheio ou satisfeito rapidamente, mesmo após uma refeição pequena.
- Perda de apetite: Falta de interesse ou desejo de comer.
- Náuseas e vômitos: Sensação de enjoo e vômitos frequentes.
- Indigestão: Dificuldade em digerir os alimentos, sensação de azia, refluxo ácido ou sensação de queimação no estômago.
- Perda de peso inexplicada: Perda significativa de peso sem motivo aparente.
- Anemia: Baixos níveis de hemoglobina no sangue, resultando em fadiga, fraqueza e palidez.
- Fezes escuras e com sangue: Sangue nas fezes, que pode parecer escuro ou preto.
- Dificuldade em engolir: Sensação de obstrução ao engolir alimentos ou líquidos.
- Inchaço abdominal: Aumento do tamanho ou inchaço do abdômen.
- Fadiga: Sensação persistente de cansaço e falta de energia.
A depressão pode influenciar no desenvolvimento de câncer de estômago?
Não há evidências científicas que sustentem diretamente a afirmação de que a depressão possa estimular o desenvolvimento de câncer no estômago. No entanto, é importante ressaltar que a saúde mental pode influenciar a saúde geral de uma pessoa.

A depressão é uma condição de saúde mental caracterizada por sentimentos persistentes de tristeza. Por isso, a depressão pode ter um impacto significativo na qualidade de vida. Atrapalhando o bem-estar emocional de um indivíduo e trazendo outros fatores do câncer de estômago.
Embora a relação exata entre a saúde mental e o câncer não seja completamente compreendida, sabe-se que o estresse crônico e a saúde mental precária podem afetar o sistema imunológico. Além da resposta inflamatória do corpo, o que, por sua vez, pode influenciar o risco e a progressão de certos tipos de câncer. O tratamento adequado da depressão é fundamental para a saúde geral de uma pessoa.
No entanto, é importante observar que o câncer é uma doença complexa e multifatorial. Além de vários fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida desempenham papéis importantes em seu desenvolvimento.
Diagnóstico
O diagnóstico do câncer de estômago geralmente envolve uma combinação de exames e testes para avaliar os sintomas. Também, identificar possíveis anormalidades no estômago e confirmar a presença de câncer. Alguns dos principais métodos de diagnóstico utilizados são:
- Histórico médico e exame físico: O médico revisará o histórico médico completo do paciente, incluindo sintomas relatados, histórico familiar de câncer e outros fatores de risco. Um exame físico também será realizado para verificar sinais de anormalidades, como inchaço abdominal ou gânglios linfáticos aumentados.
- Endoscopia digestiva alta: Neste procedimento, um tubo flexível chamado endoscópio é inserido pela boca para examinar o esôfago, o estômago e a parte inicial do intestino delgado. É possível visualizar diretamente o revestimento do estômago e obter amostras de tecido para biópsia.
- Biópsia: Durante a endoscopia, é realizada a coleta de pequenas amostras de tecido do estômago (biópsia). Essas amostras são examinadas em laboratório para determinar se há presença de células cancerígenas.
- Exames de imagem: Vários exames de imagem podem ser realizados para avaliar a extensão do câncer de estômago e se houve disseminação para outras áreas. Isso pode incluir radiografia do tórax, tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (RM), ultrassonografia endoscópica e cintilografia óssea.
- Análises de sangue: Exames de sangue podem ser solicitados para verificar a presença de certos marcadores tumorais que podem indicar câncer de estômago. Esses testes são usados como um complemento ao diagnóstico e não são definitivos por si só.
Após a confirmação do diagnóstico de câncer de estômago, é realizado o estadiamento da doença para determinar a extensão do câncer e ajudar a planejar o tratamento adequado.

O tratamento pelo SUS
Pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o tratamento é baseado em diretrizes e protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde. O objetivo é fornecer cuidados de qualidade e acesso igualitário aos pacientes com câncer de estômago, independentemente de sua condição socioeconômica.
Ele pode envolver uma abordagem multidisciplinar. Dentre outras, inclui cirurgia, quimioterapia, radioterapia, terapia alvo e imunoterapia, dependendo do estágio e das características do tumor, além da condição geral do paciente. O tratamento individualizado e decidido em conjunto pela equipe médica especializada.
A cirurgia é frequentemente realizada como parte do tratamento inicial para remover o tumor. Dependendo da extensão do câncer, pode ser realizada uma gastrectomia parcial ou total, com remoção do estômago afetado e dos gânglios linfáticos próximos. Em alguns casos, a cirurgia pode ser complementada com terapia adjuvante, como quimioterapia ou radioterapia.

A quimioterapia é frequentemente usada no tratamento do câncer de estômago para destruir as células cancerígenas ou reduzir o tamanho do tumor antes ou após a cirurgia. A radioterapia pode ser usada para destruir células cancerígenas remanescentes após a cirurgia, bem como para aliviar sintomas em estágios avançados da doença.
Além disso, terapias mais recentes, como a terapia alvo e a imunoterapia, podem ser consideradas em determinados casos de câncer de estômago, dependendo das características moleculares do tumor.
No SUS, o tratamento do câncer de estômago é fornecido gratuitamente. Sendo desde o diagnóstico até o acompanhamento e suporte ao paciente. O acesso aos serviços de saúde é realizado por meio da rede de atenção básica que encaminha para serviços especializados.
É importante ressaltar que as políticas e diretrizes do SUS podem estar sujeitas a atualizações ao longo do tempo. Portanto, é sempre importante ter os dados pessoais atualizados e realizar acompanhamento na unidade de saúde mais próxima.
Prevenção
É importante lembrar que essas medidas podem ajudar a reduzir o risco de câncer de estômago. Porém, não garantem uma proteção completa. Aqui estão alguns cuidados que podem ser tomados:
- Dieta saudável: Consuma uma dieta equilibrada, rica em frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras. Evite o consumo excessivo de alimentos processados, ricos em gorduras saturadas, sal e açúcares adicionados.

- Alimentos preservados: Reduza a ingestão de alimentos defumados, salgados ou em conserva, pois esses métodos de preservação podem aumentar o risco de câncer de estômago. Dê preferência a alimentos frescos.
- Evite tabagismo: Fumar está associado a um maior risco de desenvolver câncer de estômago, além de muitos outros problemas de saúde. Se você fuma, busque ajuda para parar de fumar.
- Infecção por H. pylori: Trate a infecção pela bactéria Helicobacter pylori se for diagnosticada. Essa infecção está associada a um risco aumentado de câncer de estômago, e o tratamento adequado pode ajudar a reduzir esse risco.
- Limite o consumo de álcool: O consumo excessivo de álcool está associado a um maior risco de câncer de estômago. Recomenda-se limitar a ingestão de álcool e, idealmente, evitar o consumo excessivo.
- Mantenha um peso saudável: Manter um peso corporal saudável por meio de uma dieta balanceada e atividade física regular pode ajudar a reduzir o risco de câncer de estômago, assim como de várias outras doenças.

- Conheça seu histórico familiar: Se você tem um histórico familiar de câncer de estômago, informe seu médico. Em alguns casos, pode ser recomendado fazer exames de triagem regularmente para detectar precocemente quaisquer alterações no estômago.
- Vacinação contra o HPV: A vacinação contra o vírus do papiloma humano (HPV) pode ajudar a prevenir certos tipos de câncer que também podem afetar o estômago, como o câncer de colo do útero.
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