fissura labiopalatina é uma condição congênita, o que significa que está presente desde o nascimento. A fenda labial ocorre por falha na fusão das estruturas faciais do feto durante o desenvolvimento embrionário. Por vezes, entre a 6ª e a 10ª semana de gestação.
As causas exatas da fissura labiopalatina ainda não são completamente compreendidas. Porém, acredita-se que existam fatores genéticos e ambientais envolvidos.
Fatores genéticos podem desempenhar fatores na predisposição dessa condição. Entretanto a maioria dos casos ocorre sem histórico familiar conhecido. Logo, o tabagismo, alcoolismo, uso de certos medicamentos durante a gravidez, também aumentam o risco de fissura labiopalatina.
O preconceito sobre a fissura labiopalatina
Comentários maldosos ou discriminatórios, olhares repetidos, bullying e até mesmo exclusão social. Podem, infelizmente, afetar o desenvolvimento de forma significativa.
O preconceito pode se manifestar de várias maneiras, desde ações diretas até micro agressões. Por vezes os olhares e comentários que fazem com que a pessoa se sinta desconfortável ou inadequada.
A autoestima e a autoconfiança da pessoa estará sempre baixa. E simultaneamente, pode levar a problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão.
É importante destacar que a fissura labiopalatina é uma condição médica e não afeta a inteligência. Desse modo, a personalidade ou as habilidades da pessoa são normais.
As pessoas com fissura labiopalatina têm o direito de serem tratadas com respeito e dignidade, sem preconceitos ou discriminação. E acima de tudo, a conscientização e a educação podem ajudar a combater o preconceito. Aumentar a aceitação e a inclusão das pessoas precisa ser praticado na sociedade.
Como as pessoas com fissura labiopalatina podem lidar com o preconceito
Lidar com o preconceito pode ser uma tarefa difícil e desafiadora para qualquer pessoa, incluindo aquelas com fissura labiopalatina. Por isso buscamos informações, afim de, conscientizar sobre o preconceito. Segue algumas:
- Buscar apoio: É importante procurar o apoio de amigos, familiares e profissionais de saúde que possam oferecer suporte emocional e prático. Grupos de apoio e organizações que se dedicam a questões relacionadas à fissura labiopalatina também podem ser uma ótima fonte de apoio.
- Educação e conscientização: É importante educar a si mesmo e aos outros sobre a fissura labiopalatina e seus efeitos. Quanto mais as pessoas entenderem a condição, menos propensas serão a fazer comentários maldosos ou discriminatórios.
- Comunicação assertiva: Quando confrontados com o preconceito, é importante se comunicar de maneira assertiva e calma. Explique como as palavras ou ações afetaram você e peça que as pessoas mudem seu comportamento.
- Auto-estima e autocuidado: É importante trabalhar na construção da autoestima e do amor próprio. Isso pode incluir atividades que façam você se sentir bem consigo mesmo, como hobbies, exercícios físicos, meditação e outras práticas de autocuidado.
- Buscar ajuda profissional: Se o preconceito está afetando significativamente a saúde mental ou emocional, é importante buscar ajuda profissional, como psicoterapia ou aconselhamento. Um profissional de saúde mental pode oferecer suporte e ajudar a desenvolver estratégias para lidar com o preconceito e seus efeitos.
Tratamento para correção e estética
O tratamento da fissura labiopalatina envolve uma equipe multidisciplinar de profissionais de saúde. Eles trabalham em conjunto para fornecer cuidados abrangentes e personalizados para cada paciente. O objetivo do tratamento é melhorar a aparência, a função e a qualidade de vida do paciente.
- Cirurgia: A cirurgia é geralmente necessária para reparar a fissura labial e/ou palatina. O tipo de cirurgia necessária dependerá do tamanho e da localização da fissura, assim como da idade do paciente. A cirurgia geralmente é realizada em várias etapas ao longo da infância e adolescência.
- Fonoaudiologia: A fonoaudiologia é essencial para ajudar a criança a desenvolver habilidades de fala e comunicação. O fonoaudiólogo trabalha com o paciente para ajudá-lo a desenvolver a capacidade de articular palavras corretamente e a melhorar a qualidade da fala.
- Ortodontia: A ortodontia pode ser necessária para corrigir problemas dentários e ajudar a melhorar a aparência e função da boca e dos dentes.
- Nutrição: Pacientes com fissura labiopalatina podem ter dificuldade em amamentar ou se alimentar adequadamente. Um nutricionista pode fornecer orientações sobre a nutrição adequada e ajudar a garantir que o paciente receba os nutrientes necessários para um crescimento e desenvolvimento saudáveis.
- Psicologia: A psicologia pode ser importante para ajudar o paciente e sua família a lidar com os efeitos emocionais da fissura labiopalatina, incluindo baixa autoestima, ansiedade e depressão.
Este tipo de tratamento é personalizado para cada paciente e pode levar vários anos para ser concluído. Por isso, é importante seguir as recomendações do equipe multidisciplinar e comparecer às consultas regulares.
Educação e desenvolvimento interpessoal da criança com fissura labiopalatina
A educação desempenha um papel fundamental no apoio ao desenvolvimento interpessoal da criança com fissura labiopalatina. Aqui estão algumas áreas-chave a serem consideradas:
- Conscientização e aceitação: É importante educar a criança sobre sua própria condição e ajudá-la a entender que a fissura labiopalatina não a define como pessoa. Isso pode ajudar a desenvolver uma autoimagem positiva e a lidar com qualquer estigma social que possa surgir.
- Comunicação: Crianças com fissura labiopalatina podem enfrentar dificuldades na fala e na linguagem devido à abertura no palato. É essencial oferecer suporte à comunicação, seja por meio de terapia de fonoaudiologia, técnicas de articulação ou outras intervenções apropriadas. Isso permitirá que a criança se comunique efetivamente e desenvolva habilidades de interação social.
- Habilidades sociais: O desenvolvimento de habilidades sociais é importante para a criança com fissura labiopalatina, pois ela pode enfrentar desafios adicionais ao se relacionar com os outros. Incentive a criança a se envolver em atividades sociais, como esportes em equipe, grupos de interesse comum ou programas extracurriculares, para ajudar a construir relacionamentos, aumentar a confiança e desenvolver habilidades sociais.
- Tratamento multidisciplinar: A abordagem multidisciplinar é crucial para o desenvolvimento da criança com fissura labiopalatina. Profissionais de diferentes áreas, como cirurgiões plásticos, fonoaudiólogos, ortodontistas, psicólogos e assistentes sociais, devem trabalhar em conjunto para fornecer o suporte necessário em termos de tratamento médico, terapia e apoio psicossocial.
Lembre-se de que cada criança é única, e o suporte necessário pode variar de acordo com as necessidades individuais. O envolvimento da família, a compreensão da comunidade e a criação de um ambiente inclusivo também são fundamentais para promover o desenvolvimento interpessoal saudável da criança com fissura labiopalatina.
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Livro sugerido: Bebê com Fissura Labiopalatina: Um Guia para Mães – por Camila Dias | Descomplicando a fissura labiopalatina: Guia prático de uma mamãe fonoaudióloga – por Ana Maria Poças
