Os títulos do Tesouro Direto, CDBs, debêntures, Fundos de Renda Fixa, LCIs, LCAs, CRIs, CRAs e as carteiras digitais remuneradas são os investimentos de Renda Fixa mais procurados. A rentabilidade dessa categoria de investimentos é afetada pelo valor da Selic, que, por sua vez, influencia a taxa do CDI, a principal medida de retorno.

Nos momentos em que o governo precisa elevar a taxa Selic, é comum ouvir ou ler a frase “A Selic está alta. É melhor investir na Renda Fixa”. Isso aumenta a demanda por aplicações desse tipo de investimento.

Se o seu objetivo é montar uma reserva de emergência, a renda fixa é a escolha mais apropriada. Especialistas geralmente recomendam o Tesouro Selic ou títulos que ofereçam liquidez diária para essa finalidade. Com esses investimentos, é possível resgatar o dinheiro a qualquer momento em caso de emergência, sem perda do valor investido.

O que são os investimentos em renda fixa?

Investimentos em renda fixa são modalidades de investimento que permitem prever qual será o retorno dos ativos no momento da contratação. O rendimento pode ser fixado em um percentual mensal ou acompanhar indicadores financeiros, como a taxa Selic, o CDI e o IPCA.

Esses investimentos podem ser divididos em dois tipos: prefixados e pós-fixados. Nos prefixados, o investidor sabe exatamente quanto terá de retorno no vencimento do título. Já nos pós-fixados, o retorno depende do índice ao qual o título está atrelado.

As aplicações indexadas à Selic são mais previsíveis, enquanto as indexadas à inflação mantêm o poder de compra. Mas são mais voláteis. Por isso, os títulos atrelados à Selic são mais recomendados no curto e médio prazo, enquanto os vinculados à inflação são indicados para objetivos de longo prazo.

Ao investir em renda fixa, o investidor empresta dinheiro ao governo, a um banco ou a uma empresa e recebe rendimentos provenientes de juros. O dinheiro investido é utilizado para quitar dívidas do emissor do título. Também financiar projetos específicos ou desenvolver setores da economia.

Renda Fixa e Selic

De acordo com o Boletim Focus, a previsão é que a taxa básica de juros, a Selic, só diminua no final de 2023 ou início de 2024. O que significa que a escolha da carteira de investimentos dependerá do perfil do investidor e das perspectivas do mercado. O rendimento da renda fixa pode ser prefixado, pós-fixado ou híbrido. E os investidores devem considerar essas opções ao tomar decisões de investimento. 

Embora a direção futura da Selic ainda não esteja clara, o analista de ações prevê uma queda nos juros em 2023, a partir de maio ou junho. Enquanto isso, investimentos prefixados de renda fixa, como o Tesouro Prefixado 2025, apresentam alto risco para os investidores devido à marcação a mercado. Mas oferecem a vantagem de mostrar exatamente quanto será recebido no vencimento. 

A rentabilidade anual deste título público federal negociado através do Tesouro Direto, com cotação do dia 18/01/2023, é de 12,54%.

Quais são os títulos de Renda Fixa recomendados para este ano?

Os investimentos em Renda Fixa têm sua rentabilidade influenciada pela taxa DI, conhecida também como “taxa do CDI”. Que por sua vez está intimamente ligada à Selic, a principal referência de juros no país. Com a atual perspectiva inflacionária e risco fiscal, é provável que a taxa Selic continue em níveis elevados em 2023. Já que é o principal instrumento utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação.

Por isso, neste ano, é recomendável investir em ativos pós-fixados vinculados à taxa DI ou Selic.

É importante lembrar que mesmo na Renda Fixa, existe a possibilidade de riscos. Especialmente no que se refere à rentabilidade real, considerando a inflação. Quando se trata de títulos vinculados ao IPCA, é recomendado buscar aplicações com prazos superiores a 2 anos. Isso para aproveitar a alta histórica da inflação no país. 

Além de aproveitar as taxas de juros reais atrativas, devido à curva futura de juros estar em patamares elevados. Para os títulos prefixados, a sugestão é procurar papéis com vencimentos mais longos. Para garantir rentabilidade em taxas elevadas por um período maior.

Como fazer investimentos seguros?

Investir é uma maneira inteligente de aumentar a sua riqueza a longo prazo. Mas também é importante garantir que você esteja investindo de forma segura. A seguir, apresento algumas dicas para ajudá-lo a investir com segurança.

  • Defina seus objetivos financeiros e o seu perfil de investidor. Antes de começar a investir, é importante que você saiba o que espera alcançar com seus investimentos e qual é o seu perfil. Se você é conservador, pode ser mais adequado investir em ativos de renda fixa, como títulos públicos e privados. Se você tem um perfil mais agressivo, pode buscar ativos de renda variável, como ações e fundos imobiliários.
  • Diversifique seus investimentos. Uma estratégia importante para investir com segurança é diversificar seus investimentos. Não coloque todo o seu dinheiro em um único ativo ou setor. Distribua seu dinheiro em diferentes tipos de investimentos para minimizar os riscos. Dessa forma, se uma parte de sua carteira sofrer perdas, outras partes podem ajudar a compensar essas perdas.
  • Invista em produtos financeiros com garantia do FGC. O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) é uma entidade que garante o ressarcimento de valores investidos em até R$ 250 mil por pessoa e por instituição financeira em caso de falência ou liquidação da instituição financeira. Investimentos como poupança, CDBs e LCIs/LCAs contam com essa garantia. Ao investir em produtos financeiros com garantia do FGC, você pode ter a tranquilidade de saber que, em caso de problemas, seu investimento estará protegido.
  • Busque ajuda de profissionais qualificados. Investir com segurança pode ser um desafio, especialmente se você é um investidor iniciante. Se você não tem muita experiência no mercado financeiro, pode ser uma boa ideia buscar a ajuda de profissionais qualificados, como um consultor financeiro ou um gestor de investimentos. Eles podem ajudá-lo a identificar os melhores investimentos para seus objetivos financeiros e perfil de investidor, bem como a gerenciar seus investimentos de forma eficiente.

Por fim, depois de ler sobre renda fixa, leia mais sobre: Como elaborar um plano financeiro: confira o passo a passo

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Professora de redação, redatora e revisora. Apaixonada por leitura e escrita desde criança. Graduou-se em letras e especializou-se em revisão textual e produção de conteúdo.

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