Atum e sardinha são dois peixes bem diferente um do outro. As duas espécies vêm do mar, porém suas diferenças já começam no tamanho. O atum é um peixe muito maior que a sardinha, e também pode ser seu predador, ao mesmo tempo que a sardinha se alimenta basicamente de plantas e algas marinhas. Ou seja, atum possui em seu organismo muito mais produtos tóxicos pois ele está no topo da cadeia alimentar.
O atum tanto em lata quanto o comprado direto nas peixarias está associado a benefícios da saúde cardiovascular e manutenção dos níveis do bom colesterol (HDL), que previne que o colesterol ruim (HDL) seja armazenado na forma de placa dentro das paredes das artérias.

Todavia, o problema do atum enlatado pode estar na quantidade de mercúrio em sua composição. O mercúrio é um metal que pode provocar reações adversas no sistema nervoso e na função cerebral, principalmente para mulheres que estejam grávidas.
De acordo com especialistas, ingerir uma quantidade grande da substância pode provocar um acúmulo de mercúrio em tecidos corporais como o cérebro e os rins. Alguns dos sintomas da exposição a longo prazo ao metal são: dormência na pele, tremores, dificuldade para caminhar, problemas de visão, problemas de memória, convulsões e dano ao cérebro do neném quando a ingestão ocorre durante a gestação ou o aleitamento.
O Atum
O atum claro é uma alternativa mais segura do que o atum branco por conter teores baixos de mercúrio. Mas há divergências, alguns especialistas afirmam que o atum enlatado possui menos mercúrio que o peixe fresco ou na forma de filé congelado porque geralmente o peixe menor, que acumula menos mercúrio, costuma ser enlatado e o peixe maior, que concentra uma quantidade maior do metal, é utilizado para fazer os filés de atum.
O Bisfenol A
O Bisfenol A é uma substância química que pode aparecer no atum sendo infiltrada através da lata até o peixe. O Bisfenol em excesso afeta negativamente o comportamento, o cérebro e glândulas da próstata em fetos, bebês e crianças pequenas.
Estudos já mostraram que comer alimentos enlatados aumenta os níveis de Bisfenol A, enquanto o consumo de comida frescas diminui essas taxas.
O sódio
É possível encontrar versões de um atum enlatado que não contenha sódio, no entanto, variedades do produto podem ser ricas no mineral e isso indica que o atum em lata pode fazer mal à saúde.
De acordo com especialistas e pesquisadores, é possível encontrar 354 mg de sódio em uma porção de 85 g do produto. Além disso, é possível encontrar 558 mg do mineral em uma porção de 100 g do atum light enlatado sólido e escorrido em água.
Mesmo que o sódio seja necessário para funções no corpo humano como o controle da pressão arterial e do volume do sangue e para o funcionamento adequado dos músculos, conforme informou o Centro Médico da Universidade de Maryland, a ingestão de uma quantidade elevada do nutriente não é nada boa para o organismo.
Adultos saudáveis não devem consumir mais do que 2,3 mil mg de sódio diariamente, indivíduos com pressão arterial alta não devem ingerir mais do que 1,5 mil mg do mineral e quem tem insuficiência cardíaca congestiva, cirrose do fígado e doença renal podem precisam consumir quantias muito menores do que essas.
O excesso de sódio na alimentação pode causar problemas como retenção de líquidos, pressão e endurecimento dos vasos sanguíneos, pressão arterial alta, ataque cardíaco, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca.
Recomendações quanto à ingestão de atum
Mulheres que estejam gestantes, em período de amamentação ou planejando engravidar, bebês e crianças pequenas devem evitar por completo sete tipos de peixe que são fontes abundantes de mercúrio: tubarão, espadarte, cavala-verdadeira, espadim (marlim), olho-de-vidro laranja, peixe-batata (tilefish do Golfo do México) e atum patudo.
O atum aparece na lista acima, entretanto, não são todos os tipos do peixe que fazem parte do grupo proibido pela FDA. Segundo o The Spruce, as mulheres e crianças do grupo de risco podem consumir até aproximadamente 340 g de atum por semana de peixes, mariscos e moluscos com baixo teor de mercúrio.
Isso inclui atum claro enlatado, camarão, salmão, escamudo e peixe-gato, completou o site, que também alertou que as pessoas do grupo de risco ainda devem em 170 g semanais a ingestão de atum branco enlatado, fresco ou congelado e de atum albacora.
Conclui-se, portanto, que atum faz bem para a saúde quando ingerido de maneira moderada, mas não quando é ingerido todos os dias ou em excesso. Para quem gosta de atum, pode-se inseri-lo na dieta de forma saudável, mas é bom ficar atento.